O ambiente na obra de Toulouse-Lautrec
- Museu de Arte Virtual de Maringá
- 25 de jun. de 2017
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Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (1864-1901) foi um pintor pós-impressionista, conhecido por retratar, em suas pinturas, a vida boêmia parisiense do final do séc. XIX. Toulouse-Lautrec deixara para trás uma vida rarefeita no campo de Languedoc para mergulhar na camaradagem do mundo da arte e na vida marginal de Paris. A partir de então passou parte de sua vida, infelizmente curtíssima, nas ladeiras suburbanas de Montmartre, em cabarés; em suma, na vida noturna que a cidade das luzes lhe oferecia. Foi esse ambiente, plenamente boêmio, que o pintor representou em grande parte de suas pinturas.


As gravuras japonesas, nesta época, vieram como uma onda de influência, unindo-se a fotografia, promovendo transformações nas pinceladas de vários pintores, Toulouse-Lautrec fora um desses artistas, influenciado, também, por Degas. Acerca do tema, Belinda Thomson (1999), em seu livro “Pós-impressionismo”, argumenta que:
[...] a influência japonesa alcançava o nível de moda nas ruas. Assim, não tanto por sua novidade, mas pelo momento em que ocorreu, a mostra informal das gravuras colecionadas por Van Gogh foi fundamental para Bernard, Anquetin e Toulouse-Lautrec.

Sendo assim, podemos notar tamanha repercussão da arte japonesa nas pinturas dos artistas deste período, inclusive de Lautrec, podendo ser mais bem verificada em seus cartazes. É válido ressaltar que o pintor, além de pintar a vida boêmia da Paris fin-de-siècle, foi um litógrafo muy importante, revolucionando a arte de fazer cartazes.

Em seus menos de 20 anos de produção artística, pintou com tinta óleo, aquarela, produziu cartazes, descobriu o seu lugar de inspiração na vida noturna e deixou um legado solene. Entre os pós-impressionistas, Toulouse-Lautrec com certeza é um dos pintores que está dentro do meu top five. A maneira sutil como ele pintou a vida boêmia de Paris, para mim, é encantadora. As cores, o traço, as expressões, a forma como ele enquadrou as cenas; é um universo peculiar, todo “Toulouseano”.

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